O Arquivo Histórico da SHIP possui um rico património documental que exprime bem o contexto e a acção desenvolvida pela então Comissão Central 1º de Dezembro hoje Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
No cumprimento de uma das suas funções – dar a conhecer o seu acervo – único e de particular interesse para o estudo da nossa Histórica Contemporânea, tem vindo apoiar projectos de investigação. Com documentação relevante sobre a história da Instituição, do Palácio Almada sua sede (um dos mais representativos exemplos seiscentistas da área urbana de Lisboa), Monumento aos Restauradores de 1640 (erguido por subscrição promovida pela Comissão e inaugurado em 1886), e mais recentemente o Monumento a D. João II em 1988 de iniciativa da SHIP em parceria com a Expo 98.
Salienta-se a particular importância de espécimes produzidas por grandes figuras nacionais como; Fontes Pereira de Melo, Manuel de Arriaga, Adolfo Coelho, Gago Coutinho, João de Barros, Bernardino Machado, Jaime Cortesão, Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Trindade Coelho entre outros, destacando-se o período 1917-1930, onde a instituição assume uma activa acção de denúncia junto da opinião pública, dos problemas considerados atentatórios à liberdade, autonomia e integridade territorial de Portugal. Esta forma de afirmação reflecte não só a conjuntura interna como externa do país e a sua vulnerabilidade num novo contexto europeu, seduzida para uma eventual união ibérica, está bem presente na diferente documentação existente.
A Biblioteca da Restauração tem vindo a adaptar-se sucessivamente às necessidades ao nível da organização das suas colecções num constante reaproveitamento do espaço.
A importância do acervo impõe-se pela existência do Núcleo da Restauração que se pretende ser o mais especializado possível. No entanto, não podemos esquecer que estudar este período histórico é também ter a noção que a data de 1640 é fruto de uma longa gestação que pode remontar a Alcácer-Quibir, D. Sebastião, D. Henrique, aos Filipes, a todas obras de carácter religioso, politico, diplomático e militar que se enquadram num extenso período da nossa História que podemos ainda hoje identificar sobretudo na problemática da eliminação/reposição do feriado e a necessidade de acentuar a importância das comemorações do 1º de Dezembro de 1640.
Este Núcleo está totalmente identificado, em suporte de papel, disponível para consulta.
Cumpre-nos agradecer a todos os que tem feito doações à nossa Biblioteca da Restauração contribuindo desse modo para a substancial valorização do nosso acervo bibliográfico.